Razão, irmã do Amor e da justiça,
Mais uma vez escuta a minha prece.
È a voz dum coração que te apetece,
Duma alma livre, só a ti submissa.
Por ti é que a poeira movediça
De astros e sóis e mundos permanece;
E é por ti que a virtude prevalece;
E a flor do heroísmo medra e viça.
Por ti, na arena trágica, as nações
Buscam a liberdade, entre clarões;
E os que olham o futuro e cismam, mudos,
Por ti, podem sofrer e não se abatem,
Mãe de filhos robustos, que combatem
Tendo o teu nome escrito em seus escudos!
PEQUENA INTERPRETAÇÃO QUE ABORDE O INTERTEXTO
O sujeito poético, em prece, se dirige a razão (sujeito anafórico Por ti) para:
1. Compreender a existência e funcionamento do universo
“Por ti é que a poeira movediça
De astros e sóis e mundos permanece”
2. Virtude e heroísmo só com o uso da razão
“E é por ti que a virtude prevalece;
E a flor do heroísmo medra e viça.”
3. Nações perseguidas, em meio a lutas, alcançaram a sua liberdade combatendo a tirania e a opressão
“Por ti, na arena trágica, as nações
Buscam a liberdade, entre clarões”
4. Em nome da razão, as lutas do presente não podem permitir que se desvaneça a sua esperança em relação ao futuro
“Por ti, podem sofrer e não se abatem,
Mãe de filhos robustos, que combatem”
5. Por meio dos versículos 13 e 14 termina a exaltação por meio do apóstrofe mãe (a razão) de filhos robustos (todo o que combate em nome da razão)
“Mãe de filhos robustos, que combatem”...
A abordagem do tema busca evoca a intertextualidade na particular influência do filósofo alemão Hegel que, segundo seus estudos, “todo conhecimento é conhecimento humano, e este não é concebido sem o uso da razão”
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